Reflexão

Filosofar é preciso

O filósofo em meditação - Rembrandt

Filosofar é preciso? Sim, é preciso. Mas, mais preciso ainda é saber o que fazer com o produto do filosofar. Este é uma arte. Uma arte do bem pensar. Mas não falo do filosofar vulgar, daquele que pensam ser apenas proferir frases bonitas e impactantes. Filosofar puramente é seguir um certo rigor intelectual, um caminho metódico e conceitual.

Não chegamos a algum lugar desejável se não seguirmos trilhas seguras, rigorosas e objetivas. O futuro e as mudanças nele contidas devem ser o resultado do empreendimento do pensar e do agir. O mundo não tem mais espaços para contemplações vazias, que não o elevam. Ele precisa de ações, e para isso, necessita daquelas que tenham conteúdo prático e útil.

O senso comum é preciso? Sim, também é preciso. Mas, por quê? É preciso para que a parte intelectualizada se dê conta de que a sabedoria dos pequenos (intelectualmente falando), sem rigor e sem método, não leva a humanidade muito longe.

Filosofar não é apenas falar da existência e da condição humana. É, antes de tudo, todo o princípio do pensar voltado para questionamentos críticos, que tenham cunho de melhorias e que busquem os “quês” e os “porquês” de certos estados de coisas estabelecidos e/ou que estão por vir.

Que filosofemos! Que tornemo-nos diferentes! Se não o mundo, por que não a nós mesmos? Pois tornar o mundo diferente requer empenho fervoroso de todos, e nem todos querem acordar do sono cômodo que os permite permanecer na penumbra do conhecimento. Afinal de contas, Pensar desgasta, e não é tarefa para todos. Tornar-se diferente é um pequeno início para uma grande diferença. Das partes se faz o todo.