Política

Democracia: governo para o povo

O povo, para não deixar de viver, sonha. Dentre seus sonhos, está a vontade de ser livre e se autogovernar. Isso tem seus graves problemas, mas deixemo-los de lado. A Democracia — ou o governo do povo — é um dos desejos mais primitivos desde a formação da sociedade civil.

Possuímos a falsa sensação de que esse tipo de governo existiu na Antiguidade Clássica, em especial, na Grécia. Mas não passa de uma alienação. Sim. Foi um governo com o povo sempre presente, reunido em assembleias. No entanto, quem governava o fazia para a classe detentora desse direito, os aristocratas. As mulheres, os escravos e os estrangeiros jamais tinham participação nesse processo.

Como não é possível para nossa sociedade atual participar diretamente das decisões governamentais, criaram a Democracia Representativa, na qual os cidadãos têm participação apenas na escolha de seus representantes para que estes os representem no Poder. Isso é plausível, pois seria impossível a comunidade (brasileira, sobretudo) participar efetivamente das decisões políticas, tendo em vista a grande demanda da população, ou seja, a vastidão territorial e a multiplicidade de problemas.

Sendo, então, a Democracia Representativa — ou o governo para o povo, como pretendo defender — a única opção de governo que temos, as vagas no Parlamento e nas Câmaras Municipais existem para serem preenchidas de forma que abarquem os interesses da sociedade como um todo. Sendo assim, não podemos pôr para nos representar como um todo apenas um grupo de partidários que, geralmente, lutam apenas pelos seus próprios interesses.

Eleição é luta! O que falta é, muitas vezes, em quem votarmos para, em contrapartida, lutar por nós.

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