Ética


Humanitarismo

A abordagem é ampla, mas podemos redimensioná-la a um único aspecto: preocupação com os direitos humanos.

O humanitarismo tem suas vertentes arraigadas nas religiões, nas crenças de um grupo, na ruptura entre religião e ajuda humanitária, etc. O que está em foco é o desejo de uma mudança — sempre para melhor — do tratamento com a sociedade de um modo geral.

Sem nos preocuparmos com as divergências entre credos, o que o humanitarismo objetiva é o crescimento da conscientização para com os direitos humanos, a atividade ética e a reflexão moral. Os problemas mais pertinentes são quando essas “preocupações” são interessadas, isto é, sem um embasamento ético-moral e que visam especialmente o beneficiamento de uma entidade ou instituição.

É preciso que se pense no ser humano de forma efetivamente igualitária quanto aos seus direitos. É preciso, antes, que seus preconceitos — homofobia, racismo, sexismo, dentre outros — sejam revistos, repensados e mudados. Ter a consciência de que a imanência, ou seja, a existência do indivíduo e sua forma de vida corrente, é a única forma que dá suporte para ajudarmos de maneira concreta e real.

O humanitarismo só é posto em prática quando tratarmos outrem de modo como nós próprios nos vemos. As minorias precisam igualar-se, em seus direitos, àqueles que desses fazem uso.

Faz parte desta forma de humanismo toda forma de luta que foque na “libertação” de todos aqueles que não têm voz nem vez — ou, quando têm, são recompensados com migalhas como prêmio de consolação.

O movimento é pequeno. Falta contingente que lute ou que mude suas visões sobre quem merece ser visto como homem.

A luta não se restringe a sair nas ruas. É necessário que comece por você próprio.

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