Religião


As questões papais in loco

A religião, onde quer que vamos, está presente com todo seu vigor e pretensões: políticas, espirituais e egoístas. Deter-me-ei, aqui, à religião católica. Esta, devido ao grande pump das demais (protestantismo, espiritismo, etc.), manteve-se afastada dos holofotes midiáticos, em especial.

Há um esquecimento em massa do quão perigoso foi estar submetido aos ditames de tal religião em tempos passados. O Papa, figura maior do poder Católico, sempre esteve em “pé-de-guerra” em busca e/ou divisão do poder político. Hoje, com a tentativa de cisão mais enérgica entre religião e Estado, tal relação de poder se tornou mais modesta. No entanto, não desapareceu.

Não é preciso muito esforço para observarmos a relação entre Igreja e Estado nos municípios. Toda ação representativa da prefeitura, o pároco local está lá para “abençoá-la”. O Papa, em sua Cidade-estado teocrática — o Vaticano —, exerce seu poder máximo. Essa postura impositiva não está presente apenas no antro “vaticanista”. Estendeu-se para todos os lugares onde hajam seus disseminadores.

O poder católico exerce mais influência na política  — principalmente na local, por ser mais fácil de manipulá-la —, do que imaginamos. As festas de padroeiro(a) são um exemplo mais banal que podemos citar. Tais são beneficiadas pelo poder público. São, além de tudo, a continuidade da demonstração da forte relação entre essas duas esferas: religiosa e política.

Em suma, o catolicismo, em sua amplitude local, é a extensão do poder papal que é executado no Estado teocrático precursor. Não há separação efetiva alguma entre paróquia e prefeitura, entre o episcopal e o Estado. O que há, na verdade, é a pretensão da Igreja em continuar com sua legislação de falso moralismo, hipocrisia e conservadorismo para com a população.

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